A Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da ALMG realiza audiência pública nesta quarta-feira, 06/12, sobre as frequentes quedas de energia elétrica em Minas Gerais, a falta de solução do problema e de investimentos da Cemig nas redes, subestações, troca de transformadores e equipes.
A reunião acontece a requerimento do deputado estadual Elismar Prado, de Uberlândia e membro da comissão, e conta com a presença confirmada do Ministério Público e de representantes dos consumidores.
Segundo o parlamentar, a precariedade do serviço da Cemig atingiu uma situação absurda. “Os consumidores contabilizam dezenas de quedas de energia em um único dia. Contabilizam também várias horas e dias sem energia, com uma demora absurda no atendimento. E, para piorar, a situação vem se repetindo, tem sido frequente. A Cemig lucra bilhões e não faz, obviamente, os investimentos nos serviços prestados à população. Isso é inadmissível. Hospitais em Uberlândia e Betim tiveram que gastar milhares de reais com geradores, pacientes ficaram sem atendimento adequado, comércios fechados e amargando prejuízos, creches fechadas, bancos um dia inteiro sem funcionar, consumidores cancelando festas, tendo equipamentos queimados e produções agropecuárias perdidas. Essa tem sido a realidade da população em Minas Gerais. E os prejuízos não são reembolsados. Cadê a energia? O descaso é grande e conta com a permissividade da agência reguladora, Aneel”, destacou.
O deputado Elismar Prado ressaltou que vai cobrar os investimentos da Cemig, com a descrição dos valores, endereços e datas para solucionar o problema, além do ressarcimento urgente aos consumidores.
A Câmara dos Deputados também analisa proposta de fiscalização e controle de autoria do deputado federal Weliton Prado para investigar a atuação da Aneel, da Cemig e os indicadores de DEC– Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (tempo que, em média, cada unidade consumidora ficou sem energia elétrica) e FEC– Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (número de interrupções ocorridas, em média) da companhia.
“Apesar dos lucros exorbitantes da Cemig só aumentarem, atingindo mais de R$ 4 bilhões, a empresa insiste em permanecer nos piores lugares do ranking de qualidade das distribuidoras. Essa situação precisa ser investigada”, afirmou.
