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Tecnologia para combater doenças como a dengue é desenvolvida em SC

Cidades como Uberlândia e Uberaba, que possuem altos números de casos de dengue e Chikungunya, poderiam se beneficiar da tecnologia

Matheus Carvalho

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Tecnologia desenvolvida em Santa Catarina (SC) poderia ser utilizada em cidades como Uberlândia e Uberaba, visando diminuir os crescentes casos de doenças relacionadas aos Aedes Aegypti.

O emprego da inovadora e autossustentável tecnologia “Wolbachia” em Joinville (SC) para combater a dengue traz uma abordagem promissora que poderia ser replicada em cidades como Uberlândia e Uberaba. A liberação controlada de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, sem modificar geneticamente os mosquitos ou causar efeitos adversos em humanos, oferece uma estratégia adicional de prevenção.

O projeto World Mosquito Program Brasil (WMPBrasil), desenvolvido pela Fiocruz, em parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), demonstra a viabilidade dessa abordagem. Ao fornecer suporte técnico e insumos, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) desempenha um papel crucial na implantação bem-sucedida dessa tecnologia, que se junta a outras estratégias de combate ao mosquito.

Além de Joinville, municípios como Uberlândia e Uberaba, selecionados para a implementação do Método Wolbachia, poderiam se beneficiar significativamente dessa abordagem inovadora. A inserção da Wolbachia nos mosquitos Aedes aegypti pode reduzir a capacidade de transmissão do vírus, potencialmente diminuindo o número de casos associados a doenças como dengue, chikungunya e Zika.

Ao adaptar esse método às características climáticas, histórico de transmissão e população residente dessas cidades, é possível fortalecer ainda mais os esforços de combate ao mosquito vetor, contribuindo para a proteção da saúde pública nessas regiões.

Os casos de dengue em Uberlândia entre janeiro até a primeira semana de dezembro de 2023 aumentaram significativamente, chegando a 27.888 casos prováveis, um aumento de 585% em comparação com os 4.745 casos no mesmo período de 2022. Isso posiciona a cidade do Triângulo Mineiro como líder em incidência de dengue, ultrapassando até mesmo a capital Belo Horizonte.

Além do aumento nos casos, houve um registro de 13 mortes pela doença, sete a mais do que em 2022. Esses dados foram divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), levando o Ministério da Saúde a alertar sobre uma possível epidemia de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti no estado, com projeção de casos para 2024.

Uberlândia também enfrentou um aumento nos casos de chikungunya, registrando 86 casos e 3 mortes até o início de dezembro, em comparação com os 6 casos prováveis e nenhuma morte em 2022.

Uberaba, outra cidade da região, apresentou números superiores aos de Belo Horizonte, com 15.588 casos de dengue, 10 vezes mais do que em 2022, além de 16 mortes por dengue e 21 casos de chikungunya, enquanto no ano anterior havia apenas 1 morte por dengue e 9 casos de chikungunya.

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