Nem tudo foi festa e diversão na noite de Natal nas cidades mineiras. Em algumas localidades, marginais se reuniram para o chamado “Rolezinho de Natal””, prática que é considerada crime.
O “rolezinho”consiste na reunião de motociclistas para praticar infrações e crimes de trânsito, colocando em risco a vida de pessoas, inclusive dos próprios marginais. Esses eventos criminosos acontecem em todo o Brasil, principalmente na noite de Natal e no Reveillón.
Os eventos são marcados pelas redes sociais e os participantes se encontram pelas ruas. A partir daí, começam a promover buzinaços, empinar motos, diversas outras manobras de direção perigosa e a fazer o chamado “rangangan”, que é acelerar a moto ao máximo para causar barulho.
Em todo o estado, a Polícia Militar de Minas Gerais registrou quase 100 ocorrências relacionadas à prática somente na noite der Natal – 24 para 25 de dezembro. Na capital Belo Horizonte, cinco motocicletas foram apreendidas e um homem, de 23 anos, foi preso.
Já no Vale do Rio Doce, 42 motocicletas foram apreendidas em Governador Valadares. De acordo com a PM, cerca de 200 motociclistas se reuniram na cidade para praticar o crime. Centenas estão sendo investigados por direção perigosa.
Já na pequena cidade de Matias Barbosa, na Zona da Mata, a prática terminou em tragédia. Inconformado com o barulho das motos, um sargento da reserva do Corpo de Bombeiros atirou contra os motociclistas. O tiro atingiu ujm dos participantes, que morreu ao dar entrada no hospital. O sargento foi detido e encaminhado ao Batalhão da Polícia Militar, em Juiz de Fora.
Polícia Militar promete rigor
A major Layla Brunella, porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais, atestou que o número de ocorrências foi anormal e prometeu rigor. Segundo ela, os participantes dos rolezinhos são criminosos e promete ações rigorosas contra a prática no Reveillón.
“A gente precisa tratá-los como eles são, porque são criminosos e infratores que não se preocupam com cidadão de bem, e isso a gente pode ver nas próprias entrevistas que foram mostradas. Então, essa orquestração, provavelmente via rede sociais, via grupos de WhatsApp, já sendo monitorada tanto pelo nosso serviço de inteligência quanto pela polícia judiciária”, afirmou a Major Brunella.