Assassino de Marielle aponta Domingos Brazão como mandante do crime

O homicídio de Marielle e Anderson ocorreu em março de 2018, quando foram emboscados e mortos a tiros no Rio de Janeiro

Imagem: Ilustração

Ronnie Lessa, ex-policial militar acusado do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, revelou à Polícia Federal (PF) que Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, foi um dos mandantes do crime. A informação foi fornecida ao Intercept Brasil por fontes ligadas à investigação.

O homicídio de Marielle e Anderson ocorreu em março de 2018, quando foram emboscados e mortos a tiros no Rio de Janeiro. O advogado de Domingos Brazão, Márcio Palma, foi contatado pela reportagem, mas afirmou não ter conhecimento da delação. Ele ressaltou que sua única fonte de informação sobre o caso é a mídia, já que seu pedido de acesso aos autos foi negado, alegando que Brazão não estava sob investigação. Em entrevistas anteriores, Brazão sempre negou qualquer envolvimento no crime.

Apesar de o acordo de delação premiada ter sido estabelecido com a Polícia Federal, sua homologação é necessária pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, determinou que o caso seja concluído até março, quando o crime completará seis anos.

Quem era Marielle Franco e como ela foi morta:

Marielle Franco foi uma importante política, defensora dos direitos humanos e ativista brasileira, nascida em 27 de julho de 1979 no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Antes de entrar para a política, Marielle teve uma trajetória dedicada aos direitos humanos, trabalhando como socióloga e atuando em organizações da sociedade civil.

Sua carreira política ganhou destaque quando, em 2016, foi eleita vereadora do Rio de Janeiro pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Sua atuação na Câmara Municipal foi marcada por uma forte defesa dos direitos das mulheres, da população negra, da comunidade LGBTQIA+ e dos moradores de favelas. Marielle era reconhecida por sua coragem ao denunciar casos de violência policial, além de ser uma voz ativa contra a militarização das favelas e a falta de políticas públicas eficazes para enfrentar as desigualdades sociais.

Tragicamente, em 14 de março de 2018, Marielle Franco foi assassinada a tiros no centro do Rio de Janeiro, juntamente com seu motorista, Anderson Gomes. O crime chocou o Brasil e teve repercussão internacional. Marielle tornou-se um símbolo de resistência e luta pelos direitos humanos, e seu assassinato levantou questões sobre a violência política, o ativismo e a segurança de defensores dos direitos humanos no país.

A Polícia Federal continua com as investigações sobre a morte da política.

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