As últimas décadas do século XX foram marcadas por uma série de mudanças nas práticas e papéis sociais, atingindo várias esferas que compõem o cotidiano. Uma delas foi a família: não por acaso, é comum nos dias de hoje escutarmos as pessoas dizerem que antigamente era mais fácil a criação dos filhos. Especialmente aquelas mães que vêm das gerações anteriores comentam as diferenças entre ter uma criança na atualidade e no passado.
Muitos são os questionamentos feitos sobre a criação dos filhos na contemporaneidade e entre os fatores contrastantes entre “o hoje e o ontem”, podem ser citados maiores índices de violência, assim como a maior carga de trabalho, sendo que muitas mulheres ainda não haviam adentrado o mercado profissional também.
Além disso, como apontam especialistas, acontece igualmente de haver uma cobrança excessiva às mães, tanto da parte das pessoas como vinda delas mesmas, em relação à criação que estão dando aos filhos.
Assim, a lista do que deve ser feito para uma mulher ser considerada uma boa mãe pode ser grande e não é incomum encontrarmos na internet modelos prontos para isso. Pertinente ao assunto, no mais recente estudo feito pela Famivita, 58% das mulheres disseram considerar que há 10 anos atrás era mais fácil ter filhos.
A pesquisa da Famivita foi feita com 2.500 participantes entre 11 e 25 de setembro de 2023 e, especialmente na faixa etária dos 35 aos 39 anos e dos 40 aos 44 anos, elas disseram que sim, era mais simples no passado, com 71%.
Já entre os homens, 44% afirmaram também crer que foi mais fácil para as gerações anteriores. Vale destacar que 65% das mulheres com filhos afirmaram isso, contra 48% das mulheres sem filhos.
No recorte por região, 63% das mulheres, no Norte, responderam que para a geração anterior a criação dos filhos era mais fácil; no Nordeste, tal parcela foi de 61%; no Centro Oeste, de 57%; Sul e Sudeste empataram com 58%.