Luciano Hang e Havan são condenados em R$ 85 milhões por coagir funcionários a votar em Bolsonaro

Hang teria utilizado sua influência como empregador para promover campanhas políticas em favor do então candidato Jair Bolsonaro

Imagem: Ilustração - Foto: Reuters

O empresário Luciano Hang e sua rede de lojas Havan foram condenados pelo juiz Carlos Alberto Pereira de Castro, da 7ª Vara do Trabalho de Florianópolis, ao pagamento de uma multa que ultrapassa os R$ 85 milhões. A sentença, resultado de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), alega uma suposta prática de coação eleitoral durante a campanha presidencial de 2018.

De acordo com os autos, Hang teria utilizado sua influência como empregador para promover campanhas políticas em favor do então candidato Jair Bolsonaro, coagindo seus funcionários a participarem de “atos cívicos” da empresa. A ameaça de demissões caso o candidato adversário, Fernando Haddad, saísse vitorioso também foi apontada na acusação.

O empresário teria ainda constrangido os trabalhadores a revelarem suas preferências eleitorais em enquetes internas, mesmo quando já era de conhecimento público sua inclinação política. Segundo os procuradores, tais práticas configuram métodos humilhantes e vexatórios, incluindo pesquisas eleitorais obrigatórias sem respaldo legal.

Em resposta, Hang classificou a decisão como “descabida e ideológica”, afirmando que o juiz agiu de acordo com sua própria visão política. Ele ressaltou que durante as investigações realizadas na época dos acontecimentos não foram encontradas irregularidades, citando perícias realizadas pela Justiça do Trabalho.

O empresário enfatizou ainda que a denúncia partiu de agentes públicos com militância política e sindicatos, e não de colaboradores da empresa. Ele assegurou que todas as medidas foram tomadas para garantir a liberdade dos funcionários e que a Havan possui em seu quadro colaboradores de diversas ideologias políticas.

Diante da condenação, Hang anunciou que irá recorrer da decisão, reiterando sua confiança na Justiça brasileira e enfatizando que nada de errado foi cometido.

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