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Duas pessoas são indiciadas pela morte de jovens em BMW

Dois homens foram formalmente indiciados por quatro homicídios culposos, sendo responsabilizados pela customização do veículo

Matheus Carvalho
Imagem: Reprodução

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A Polícia Civil finalizou as investigações relacionadas à trágica morte de quatro mineiros que ocorreu dentro de uma BMW em Santa Catarina. Dois homens, de 35 e 48 anos, foram formalmente indiciados por quatro homicídios culposos, sendo responsabilizados pela customização do veículo no qual estavam Tiago de Lima Ribeiro (21 anos), Karla Aparecida dos Santos (19 anos), Gustavo Pereira Silveira Elias (24 anos) e Nicolas Kovaleski (16 anos), todos originários de Paracatu, Noroeste de Minas Gerais.

A Divisão de Investigação Criminal de Balneário Camboriú conduziu as investigações, sob a presidência do delegado Vicente Soares. As perícias realizadas pela Polícia Científica revelaram que a causa das mortes foi asfixia devido à inalação de monóxido de carbono. O vazamento desse gás ocorreu devido à ruptura de uma peça, conhecida como downpipe, que adentrou a cabine da BMW através do sistema de ar-condicionado.

Conforme apontado pelos peritos, a peça substituta do catalisador foi produzida e montada de maneira precária e em desacordo com os padrões de qualidade do fabricante. A investigação identificou que a peça defeituosa foi instalada em Aparecida de Goiânia, Goiás, em julho de 2023. O serviço foi realizado por um indivíduo de 48 anos, sem qualificação técnica, e por um de 35 anos, proprietário da empresa, que admitiu supervisionar a customização em seu depoimento.

Com base nos depoimentos obtidos, o delegado Vicente Soares formalizou o indiciamento dos responsáveis pela oficina pelos quatro homicídios culposos, ressaltando a imperícia na execução do serviço conforme previsto no artigo 121, parágrafo 3º, do Código Penal.

A defesa do proprietário da oficina alega que a troca do escapamento foi realizada por uma empresa terceirizada, sem, no entanto, fornecer detalhes sobre a origem da peça ou o nome da empresa contratada. O advogado David Soares não forneceu informações adicionais sobre quando ou onde a peça foi fabricada ou adquirida.

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