PF investiga empresário de Uberlândia que teria ajudado nos atos golpistas

Na manhã desta quinta-feira (8), a Polícia Federal deflagrou uma operação para investigar uma tentativa de golpe de Estado, tendo como um dos alvos um empresário de Uberlândia, proprietário de uma empresa de tecnologia da informação sediada na cidade. A companhia teria colaborado na produção de um estudo utilizado para questionar a segurança das urnas eletrônicas após o segundo turno das eleições.

O nome do empresário veio à tona após uma entrevista coletiva do político Valdemar da Costa Neto, em 2022, na qual ele mencionou a ajuda de “um gênio de Uberlândia” para contestar as urnas.

A PF encontrou uma conexão entre o empresário e o argentino, conhecido por fazer uma live em novembro de 2022 na qual apontava, sem fundamentos, supostas fraudes nas eleições brasileiras. A live teve grande repercussão entre os apoiadores do presidente Bolsonaro e alimentou discursos golpistas.

A operação, autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, aponta que o empresário subsidiou o estudo apresentado em uma live. A empresa teria colaborado com o relatório produzido pelo Instituto Voto Legal (IVL), entidade contratada pelo Partido Liberal para analisar a segurança das urnas.

Foram expedidos 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, além de medidas cautelares como proibição de contatos entre os investigados e retenção de passaportes. Entre os alvos da operação estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, o presidente do PL Valdemar da Costa Neto, ex-ministros e militares ligados ao governo anterior.

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