A dengue, conhecida popularmente como dengue hemorrágica, é uma condição séria caracterizada pela queda acentuada de plaquetas e extravasamento grave de plasma.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) não usa mais o termo “dengue hemorrágica”, mas distingue entre dengue e dengue grave, sendo este último caracterizado por vazamento de plasma ou acúmulo de líquidos, levando a choque ou dificuldade respiratória.
A dengue é considerada a mais importante doença viral humana transmitida por artrópodes, incluindo o mosquito Aedes aegypti.
No Brasil, a classificação de gravidade clínica para dengue segue as diretrizes da OMS, dividindo os casos em dengue sem sinais de alarme, dengue com sinais de alarme e dengue grave, cada um com suas manifestações clínicas distintas.
Dengue sem sinais de alarme
Nesses casos, o paciente apresenta febre geralmente por um período de 2 a 7 dias acompanhada de duas ou mais das seguintes manifestações clínicas: náusea ou vômitos; exantema (erupção cutânea); dor de cabeça ou dor atrás dos olhos; dor no corpo ou nas articulações; petéquias (manchas avermelhadas de tamanho pequeno); e baixos níveis de glóbulos brancos no sangue.
Dengue com sinais de alarme
Qualquer caso de dengue que apresente um ou mais dos seguintes sinais durante ou preferencialmente após a queda da febre: dor abdominal intensa e sustentada ou sensibilidade no abdômen; vômito persistente; acúmulo de líquidos; sangramento de mucosas; letargia ou inquietação; hipotensão postural (pressão arterial baixa ao levantar-se da posição sentada ou deitada); aumento do fígado; e aumento progressivo do hematócrito (porcentagem de hemácias no sangue), com queda na contagem de plaquetas.
Dengue grave
Qualquer caso de dengue que apresente uma ou mais das seguintes manifestações clínicas: choque ou dificuldade respiratória devido a extravasamento grave de plasma dos vasos sanguíneos; sangramento intenso; e comprometimento grave de órgãos (lesão hepática, miocardite e outros).