Minas Gerais tem queda de 14,7% no número de mulheres vítimas de crimes violentos

Além disso, 73,3% das vítimas não possuem relação com os autores dos crimes, e a principal causa dos crimes é a vantagem econômica

Imagem: Reprodução Agência Minas

Em honra ao Dia Internacional da Mulher, comemorado na sexta-feira (8/3), a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) de Minas Gerais apresentou um estudo especial para avaliar a segurança das mulheres no estado. A pesquisa, conduzida pelo Observatório de Segurança Pública com base nos anos de 2022 e 2023, teve como objetivo principal analisar o perfil e a participação feminina entre as vítimas de crimes violentos.

De acordo com os dados levantados, houve uma redução significativa de 14,7% no total de mulheres vítimas de crimes violentos em Minas Gerais no ano de 2023 em comparação com 2022. Esse declínio representou 2.824 mulheres a menos vitimadas entre os dois anos analisados, totalizando 16.375 vítimas em 2023 contra 19.199 em 2022.

A pesquisa, que abrange uma variedade de crimes violentos, incluindo homicídio consumado e tentado, estupro, roubo, entre outros, revelou que o roubo consumado foi o crime que mais afetou as mulheres em 2023, representando 59,7% do total entre os 13 crimes avaliados. No entanto, também registrou uma das maiores quedas no número de vítimas, com uma diminuição de 23% em relação a 2022.

A análise por regiões mostrou que a capital, representada pela 1ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), concentrou o maior número de registros de crimes violentos contra mulheres, com 27,8% do total do estado. Já a região de Barbacena, composta por 61 cidades, registrou apenas 1,61% das ocorrências.

Em relação ao perfil das vítimas, a maioria tem entre 35 e 64 anos (33,4%), com 38,9% declarando ter a pele parda. Além disso, 73,3% das vítimas não possuem relação com os autores dos crimes, e a principal causa presumida para a prática dos crimes é a vantagem econômica (56,2%).

Apesar da queda significativa no número de vítimas femininas em alguns crimes, o secretário adjunto da Sejusp, coronel Edgard Estevo, ressaltou que o trabalho desenvolvido visa a garantir que todos os dados sejam cada vez mais positivos, reforçando o compromisso do Estado com a segurança das mulheres.

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