Polícia Civil de Ituiutaba investiga supostos erros médicos e cumpre mandados de busca e apreensão em clínicas

Todos os hospitais serão obrigados a fornecer todas as informações requisitadas pela polícia, incluindo laudos, exames e prontuários

Imagem: Reprodução/Regionalzão

A Polícia Civil de Ituiutaba está intensificando suas investigações sobre possíveis erros e omissões médicas na região. Na tarde de 8 de março, a delegacia especializada em homicídios cumpriu um mandado de busca e apreensão em uma clínica médica da cidade, com o objetivo de recolher exames, laudos e prontuários médicos para instruir um inquérito policial relacionado a um caso de aborto ocorrido no Hospital São José.

O delegado Rafael Faria, responsável pelo caso, explicou que o inquérito foi instaurado para determinar se houve falhas por parte dos profissionais de saúde que contribuíram para o aborto. Segundo ele, se as investigações apontarem erros ou omissões médicas, os responsáveis poderão ser indiciados por aborto doloso, uma vez que tinham a obrigação legal de agir para evitar o resultado.

A equipe da delegacia de homicídios observou um aumento no número de denúncias de pacientes vítimas de possíveis erros médicos. Alguns inquéritos já foram abertos e casos antigos estão sendo reavaliados, como o de uma morte ocorrida em 2013, quando um paciente faleceu em um hospital da cidade enquanto aguardava atendimento médico que não chegou.

O delegado afirmou que todos os hospitais serão obrigados a fornecer todas as informações requisitadas pela polícia, incluindo laudos, exames e prontuários. Além disso, profissionais de saúde, como recepcionistas, enfermeiros e médicos, serão ouvidos nos próximos dias. Ele enfatizou que todos os envolvidos, independentemente de classe social ou influência, serão indiciados e responsabilizados criminalmente por suas omissões, caso sejam comprovadas.

A equipe de homicídios está empenhada em obter documentos relevantes para as investigações. Na última semana, foram solicitados documentos de três hospitais e duas clínicas médicas, contendo informações detalhadas sobre o histórico de saúde dos pacientes.

Sobre a busca e apreensão na clínica médica, o delegado explicou que quando os profissionais relutam em atender às requisições da polícia, os pedidos são judicializados. Caso a necessidade dos documentos seja comprovada, ordens judiciais de busca e apreensão são deferidas para preservar as provas.

Por fim, o delegado destacou a importância da contribuição da sociedade nas investigações e reforçou o compromisso da polícia em garantir que todos sejam tratados igualmente perante a lei. Ele ressaltou que é inadmissível que pessoas percam suas vidas devido a omissões criminosas de profissionais que juraram proteger a vida.

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