Servidores municipais de Uberlândia decidiram entrar em greve a partir desta segunda-feira (11), em resposta à falta de diálogo com a Prefeitura em relação às suas reivindicações. A decisão foi tomada após uma paralisação realizada na sexta-feira (8), quando profissionais de diversas áreas se mobilizaram em busca de melhores condições de trabalho e um reajuste salarial de 37,5%.
O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Uberlândia (Sintrasp) afirmou que a falta de diálogo por parte da Prefeitura levou à decisão de iniciar a greve. Na sexta-feira, os servidores paralisaram suas atividades e se dirigiram à Câmara de Vereadores para pressionar o Executivo a atender às suas demandas.
Ronaldo Ferreira, presidente do Sintrasp, destacou que profissionais de diversas áreas, incluindo escolas, autarquias e diversos setores, aderiram ao movimento grevista.
O impacto da greve já é sentido, com 90 escolas com atividades comprometidas nesta segunda-feira. Os servidores reivindicam melhores condições de trabalho e o reajuste salarial solicitado, cujo pedido foi encaminhado à Prefeitura em dezembro do ano passado, mas ainda não foi atendido.
A Prefeitura, por sua vez, informou por meio de nota que está realizando estudos para recomposição salarial de forma responsável e transparente, considerando a situação financeira do município. No entanto, os servidores afirmam que as solicitações continuam sem resposta, o que motivou a greve.
A mobilização dos servidores municipais afetou o funcionamento das escolas, com 92 das 169 unidades da rede municipal tendo suas atividades prejudicadas na sexta-feira devido à paralisação.
Nota da Prefeitura
“A Prefeitura de Uberlândia informa que acompanha o grave cenário econômico nacional e realiza estudos de recomposição salarial do funcionalismo público de forma responsável e transparente, como sempre fez, considerando a realidade atual e as projeções financeiras do Município para este ano.
Reitera, ainda, a responsabilidade e os esforços da gestão municipal para garantir os serviços prestados à população, apesar deste quadro de forte queda de arrecadação, especialmente decorrente das mudanças das regras do ICMS educação e da não inclusão do IPI no VAF pelo Estado.
A Administração reforça o compromisso e respeito com os servidores públicos, que já foram prejudicados no passado recente com atraso e parcelamento de salários e falta de repasses nos empréstimos consignados, além da perda de recursos no Ipremu.”