Os técnicos-administrativos da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) iniciaram uma greve nesta segunda-feira (18), em protesto contra a falta de reajuste salarial que já perdura por oito anos.
O Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições Federais de Ensino Superior de Uberlândia (Sintet-UFU) destaca que a categoria enfrenta defasagem salarial em relação à inflação, com o governo oferecendo 0% de reajuste para este ano. Além do reajuste salarial, as principais reivindicações incluem a reestruturação da carreira, equiparação dos auxílios com outros servidores e recomposição do orçamento da universidade.
Segundo Kênia Vieira, técnica em enfermagem no HC UFU e coordenadora do Sintet-UFU, a greve não é um movimento local, mas nacional, com 32 universidades e dois institutos federais já em paralisação desde o dia 11 de março.
A instalação do Comando Local de Greve (CLG) teve início às 9h no centro de convivência do campus Santa Mônica, em Uberlândia, onde serão decididas questões como organização interna e divisão das comissões de trabalho da greve. Até o momento, não há uma estimativa da adesão.
O sindicato comunicou à Superintendência do Hospital de Clínicas (HC) que o CLG será responsável por resolver eventuais conflitos que possam impedir a participação dos trabalhadores na greve. Sugere-se a realização de reuniões setoriais para definir o número mínimo de pessoal necessário para manter as atividades essenciais dentro do HC e elaborar uma escala de greve para cada setor.
Apesar da greve, o HC-UFU afirma que os serviços no hospital continuam normais, mas o impacto será avaliado conforme o quantitativo de servidores que aderirem ao movimento. Os serviços de urgência e emergência, internação e ambulatórios não foram afetados até o momento.