O vice-governador de Minas Gerais, Matheus Simões (Novo), participou na manhã desta sexta-feira, 22, do quadro Café com Política, da FM O Tempo, de Belo Horizonte. Na ocasião, o vice de Zema comentou sobre a polarização eleitoral no Brasil e as expectativas do seu partido para as eleições municipais.
Simões, que já é cotado para disputar o governo de Minas Gerais em 2026, evitou aliar a imagem do Novo à do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Ninguém tem dúvida que o novo é um partido de direita e, portanto, ele não estará junto com o PT, PSOL ou com o PC do B nas eleições. Isso não significa que os nossos candidatos são os candidatos do presidente Bolsonaro. Eu posso dar vários exemplos em que isso é bem evidente. Por exemplo, em Belo Horizonte nós temos um nome colocado na disputa, o da secretária Luísa Barreto. O presidente Bolsonaro tem outro nome colocado, o do deputado Bruno Engler”, diz.
A declaração se dá no momento em que o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro sofre enorme desgaste. Derrotado nas urnas em 2022, Bolsonaro é investigado por planejar um golpe de estado após as eleições daquele ano. Ele também foi indicado pela PF por supostamente ter fraudado o seu próprio cartão de vacina, além dos cartões de sua esposa e sua filha.
Segundo Simões, o Novo pretende lançar candidatos a prefeito, vice-prefeito ou vereadores em ao menos 100 cidades mineiras. Para ele, é necessário impedir a vitória de candidatos de esquerda, mas acha que é preciso fugir da polarização entre Bolsonaro (PL) e Lula(PT).
“A gente acha que isso, de alguma forma prejudica a discussão eleitoral, porque a gente, para discutir os problemas da cidade e começa a discutir problemas que estão lá em Brasília, longe do município”, completou.