Os vereadores de Uberlândia deliberaram em uma sessão extraordinária na manhã desta terça-feira (26) e aprovaram o projeto de lei que prevê a recomposição salarial dos servidores públicos municipais em 4%, além de um aumento de 30% no auxílio alimentação. A votação foi marcada por 25 votos favoráveis e apenas um voto contra.
O projeto foi enviado pelo prefeito Odelmo Leão na segunda-feira (25) e, além do reajuste, propunha que o pagamento retroativo fosse válido apenas a partir do mês de março. Uma emenda apresentada pela vereadora Cláudia Guerra, que buscava estender o pagamento retroativo desde janeiro, não foi aprovada pelos demais vereadores.
Todos os membros da Casa Legislativa votaram a favor do projeto, com exceção do presidente Zezinho Mendonça (PP), que não vota, e Murilo (Rede), que justificou sua ausência como uma forma de protesto. Houve manifestações de indignação por parte de alguns vereadores em relação ao projeto.
A decisão ocorre após uma série de movimentos por parte dos servidores municipais. No dia 11 de março, em resposta à ausência de diálogo sobre um reajuste salarial de 37,5%, os servidores optaram por entrar em greve. Contudo, quatro dias depois, uma decisão judicial declarou a ilegalidade da greve, forçando os trabalhadores a retomarem suas atividades.
As reivindicações da categoria incluíam não apenas questões salariais, mas também melhores condições de trabalho. No dia 8 de março, os servidores municipais realizaram uma paralisação e se dirigiram à Câmara de Vereadores em busca de respostas do Executivo. O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Uberlândia (Sintrasp) afirmou que as solicitações foram enviadas à Prefeitura desde dezembro do ano anterior, porém não foram atendidas.
Em resposta, a Prefeitura afirmou que realiza estudos para a recomposição salarial de forma responsável e transparente, levando em consideração a situação financeira do município. A paralisação afetou diversos setores, incluindo professores e profissionais de autarquias.