A Delegacia Especializada no Combate aos Crimes contra o Patrimônio de Ituiutaba concluiu ontem, 2, dois inquéritos contra um advogado inscrito na 44ª subseção de Ituiutaba pelo crime de apropriação indébita, que é o apoderamento de coisa alheia, sem o consentimento da vítima.
Segundo o delegado da Polícia Civil Rafael Faria, responsável pelo caso, o causídico atuava da seguinte forma: entrava com as ações judiciais representando os clientes (vítimas) e, ao final, recebia os pagamentos constantes na sentença do juiz em sua conta bancária e não repassava o valor que era de direito de seus clientes. Quando procurado por estes, dizia que o processo ainda estava em andamento.
Ocorre que os clientes, já não suportando tamanha demora e descaso do advogado, procuravam o fórum da comarca e recebiam a informação de que os processos já haviam sido finalizados, inclusive com trânsito em julgado. Ao questionarem o advogado sobre os pagamentos, não eram mais atendidos por este e, assim, bloqueados de suas redes sociais.
Segundo o delegado, um advogado que se apropria de dinheiro do cliente está violando a ética profissional e pode enfrentar graves consequências legais e disciplinares, incluindo processos criminais e a perda da licença para advogar. Para isso, fez questão de informar a OAB, via ofício, com cópia integral dos inquéritos policiais para que ela tome as medidas cabíveis.