Após o empresário multibilionário Elon Musk desafiar a Justiça brasileira, líderes governistas do Congresso Nacional reiteram a necessidade de regulamentar as plataformas digitais no Brasil. Por outro lado, líderes da oposição defendem o dono da plataforma X, antigo Twitter, destacando preocupações com censura e violação da liberdade de expressão no país.
O empresário, também proprietário da fabricante de veículos elétricos Tesla, solicitou o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e declarou que não acataria a decisão judicial que determinou a suspensão de perfis acusados de disseminar notícias falsas contra o STF e a democracia.
Em resposta, Moraes incluiu Musk nas investigações sobre as chamadas milícias digitais. A suspensão de perfis, que desagradou Musk, ocorreu no âmbito do inquérito 4.874, que investiga a atuação de supostos grupos criminosos nas redes sociais disseminando notícias falsas para desacreditar as eleições brasileiras e justificar um golpe de Estado.
Líderes governistas e parlamentares da oposição se posicionaram sobre o episódio, evidenciando divergências quanto à necessidade de regulação das redes sociais. Enquanto o líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues, destacou a interferência estrangeira de Musk e a urgência na votação do projeto de lei 2630, que regula as plataformas digitais, o líder da oposição do Senado, Rogério Marinho, expressou apoio às declarações do empresário em defesa da liberdade de expressão.
O debate sobre a regulamentação das redes sociais ganha destaque, com lideranças políticas ligadas ao governo defendendo a necessidade de regulação para proteger a soberania nacional, enquanto parlamentares da oposição destacam a importância da liberdade de expressão e se posicionam contra medidas que possam restringir essa liberdade.