Brasil registra recorde de número de médicos com média de 2,81 para cada 1.000 habitantes

Esse número é considerado o mais alto já registrado no país e reflete um crescimento significativo desde a década de 1990

Imagem: Ilustração/EBC

O Brasil conta atualmente com 575.930 médicos em atividade, representando uma proporção de 2,81 profissionais por mil habitantes, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (8) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Esse número é considerado o mais alto já registrado no país e reflete um crescimento significativo desde a década de 1990, quando havia 131.278 médicos em atividade.

No mesmo período, a população brasileira cresceu 42%, passando de 144 milhões para 205 milhões de habitantes, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento no contingente de médicos superou em oito vezes o crescimento populacional.

A Demografia Médica CFM revela que o maior avanço na quantidade de médicos ocorreu entre 2022 e 2023, quando o número saltou de 538.095 para 572.960, um aumento de 6,5%. Com uma taxa de 2,8 médicos por mil habitantes, o Brasil hoje se equipara a países como o Canadá e supera nações como os Estados Unidos, o Japão, a Coreia do Sul e o México.

A expansão do ensino médico nas últimas décadas e a crescente demanda por serviços de saúde são apontados como fatores impulsionadores desse crescimento, segundo o CFM. No entanto, apesar do aumento expressivo, persiste uma desigualdade na distribuição e acesso aos profissionais da medicina.

A maioria dos médicos tende a se concentrar nos estados do Sul e do Sudeste, assim como nas capitais, devido às melhores condições de trabalho. Por outro lado, regiões como Norte e Nordeste relatam escassez de profissionais e precariedade nos serviços de saúde.

A preocupação do CFM vai além do aumento quantitativo, enfatizando a importância da qualidade e da ética na formação dos médicos, destacou o conselheiro Donizetti Giamberardino. A necessidade de uma distribuição mais equitativa e de investimentos na atenção primária são questões cruciais para o fortalecimento do sistema de saúde no país.

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