A Meta, empresa proprietária do Instagram, revelou hoje (11) que introduzirá um novo recurso de segurança na plataforma para proteger menores de idade contra conteúdo inadequado. A iniciativa visa borrar imagens de nudez em mensagens diretas, como parte dos esforços para combater abusos e golpes sexuais.
O recurso será ativado automaticamente para usuários adolescentes do Instagram, identificados pela informação de aniversário em suas contas. Usuários adultos receberão uma notificação sobre a novidade, incentivando-os a ativar a configuração.
Essa medida responde a críticas de longa data sobre os potenciais danos causados pelo Instagram e pelo Facebook aos usuários mais jovens, incluindo impactos na saúde mental e na imagem corporal, bem como facilitação de abusos e exploração infantil.
De acordo com informações do jornal The Wall Street Journal, o novo recurso será testado nas próximas semanas, com a implementação global prevista para os próximos meses.
A Meta explicou que o recurso utiliza aprendizado de máquina para analisar se uma imagem enviada por mensagem direta contém nudez, garantindo que a empresa não tenha acesso a essas imagens, a menos que tenham sido denunciadas.
Quando a proteção estiver ativada, os usuários que receberem uma imagem de nudez por mensagem direta verão uma mensagem encorajando-os a não se sentirem pressionados a responder, além de oferecer opções para bloquear e denunciar o remetente.
“Este recurso é projetado não apenas para proteger as pessoas de verem nudez indesejada em suas mensagens diretas, mas também para protegê-las de golpistas que podem enviar nudes para enganar as pessoas a enviar suas próprias imagens em troca”, afirmou a Meta.
Adicionalmente, os usuários que tentarem enviar uma mensagem direta contendo nudez receberão um aviso sobre os riscos desse tipo de compartilhamento, enquanto tentativas de encaminhar nudes recebidos serão desencorajadas por meio de mensagens adicionais.
Essa não é a primeira vez que a Meta implementa medidas para proteger menores de idade em suas plataformas. Em fevereiro de 2023, a empresa apoiou uma ferramenta para remover imagens sexualmente explícitas de menores online e, mais recentemente, restringiu o acesso a tópicos prejudiciais como suicídio, automutilação e distúrbios alimentares.
