A operação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado Regional de Uberlândia (Gaeco) continua repercutindo na mídia. Dessa vez, o Regionalzão teve acesso as cartas interceptadas pelo Ministério Público que mostram como a facção Primeiro Comando da Capital (PCC) criou uma economia paralela dentro das unidades prisionais de Uberlândia.
A facção criou “modalidades” para gerar economia a favor do PCC, são elas: esporte, materiais de papelaria, jogo de azar, tabacaria, tráfico e contrabando.
Para expandir a influência dentro das unidades prisionais a facção realiza o comércio de cigarros e materiais de papelaria dentro do presídio, além de explorarem jogos de azar, como jogo do bicho e esportes. Dentro da estrutura do PCC essas consideradas “modalidades” servem como fonte de lucro adicional e controle dos detentos e através destas modalidades o PCC conseguiu criar uma economia dentro das unidades prisionais.
Veja uma das cartas receptadas onde mostra como a facção realiza as perguntas para controle do jogo do bicho:
Moeda de troca (dinheiro por droga):
Assim como acontece no setor de “Tabacaria” e “Esporte” os valores referentes aos “Jogos de Azar”, incluindo o jogo do bicho, são convertidos em drogas pelo preço variável dentro da unidade prisional. O controle da droga é feito de maneira rígida tendo nomeações, veja:
- BOB – Termo utilizado para MACONHA
- ESCAMA – Termo utilizado para COCAÍNA
- PÓ ESTICADO – Termo utilizado para uma variação da COCAÍNA, em tese, menos ‘pura’
Em outra carta receptada pelo Ministério Público é possível ver que o controle e “fechamento do caixa” das modalidades são feitos diariamente. Veja na carta abaixo as anotações referentes a quantidade de drogas vendidas e distribuídas:
A equipe de reportagem do Regionalzão também teve acesso a cartas que mostram como a facção fazia o controle de valores e inscrição dos membros para o PCC. Clique aqui e veja a matéria