O governo federal decidiu adiar a aplicação das provas do Concurso Nacional Unificado (CNU), também conhecido como “Enem dos Concursos”, que estava prevista para este domingo, dia 5. A mudança foi motivada pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, causando inundações, destruição de casas e pelo menos 37 mortes. Ainda não foi definida uma nova data para a realização do exame.
Inicialmente, na quinta-feira (2), o Ministério da Gestão havia confirmado em nota que a prova seria mantida, mesmo no Rio Grande do Sul. No entanto, a decisão de adiar veio após o governo considerar a situação emergencial causada pelo mau tempo. As autoridades começaram a procurar uma “saída jurídica” para evitar prejuízos aos candidatos das áreas afetadas.
De acordo com o ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, 86 mil pessoas estavam inscritas para o CNU em 10 cidades do Rio Grande do Sul. Em todo o Brasil, cerca de 2,5 milhões de pessoas estavam inscritas para o exame.
“O compromisso do governo é garantir que ninguém seja prejudicado”, afirmou Pimenta durante entrevista à emissora oficial do governo. Ele enfatizou que ninguém deveria ser impedido de fazer o concurso por causa da emergência ou de bloqueios que dificultem o acesso aos locais de prova.
O CNU é um novo formato que centraliza em uma única prova os concursos para seleção de servidores públicos em diferentes órgãos do governo federal. Esta é a primeira vez que esse modelo é utilizado.
O concurso oferece 6.640 vagas em 21 órgãos públicos, permitindo que os candidatos concorram a diversas oportunidades pagando apenas uma taxa de inscrição. Os locais de prova estão distribuídos em 228 cidades, com um total de 3.665 locais e 75.730 salas, baseados no CEP fornecido durante a inscrição. De acordo com o governo, 94,6% dos candidatos realizarão o exame em locais a até 100 km de onde moram.