Sem multa por não pagamento, Lula sanciona volta da cobrança do DPVAT

A expectativa é para que a cobrança seja retomada em 2025 para todos que possuem carros e motos

Foto: Agência Brasil

O presidente Lula sancionou o projeto de lei que recria o seguro obrigatório para vítimas de acidentes de trânsito, anteriormente conhecido como DPVAT, agora rebatizado como SPVAT.

Durante a tramitação do projeto de lei no Congresso Nacional, líderes governistas estimaram que o valor do SPVAT a ser pago pelos motoristas deveria ficar entre R$ 50 e R$ 60. A definição sobre o valor total a ser pago e a confirmação do calendário de pagamento ainda serão regulamentadas.

Dois artigos que propunham multa e infração grave para quem não pagasse o seguro foram vetados pelo Palácio do Planalto. Na justificativa, o governo argumenta que a penalidade “contraria o interesse público, pois acarreta ônus excessivo pelo não pagamento do Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito – SPVAT ao classificar a conduta como infração grave, que ensejaria a aplicação de multa cujo valor atual é R$ 195,23”.

O governo também destacou que o projeto de lei já prevê que, para ter o veículo licenciado, poder fazer a transferência para outros condutores ou dar baixa no registro, é obrigatório que o SPVAT esteja quitado.

Cobertura do Seguro SPVAT

Segundo a proposta, a cobertura do seguro SPVAT poderá abranger:

  • Indenização por morte;
  • Indenização por invalidez permanente, total ou parcial;
  • Reembolso de despesas com:
    • Assistências médicas e suplementares, incluindo fisioterapia, medicamentos, equipamentos ortopédicos, órteses, próteses e outras medidas terapêuticas, desde que não estejam disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no município de residência da vítima do acidente;
    • Serviços funerários;
    • Reabilitação profissional para vítimas de acidentes que resultem em invalidez parcial.

Desde 2021, o DPVAT estava utilizando o saldo remanescente dos últimos anos para se manter. A cobrança foi extinta por uma medida provisória editada no governo anterior. A Caixa informou no ano passado que só haveria dinheiro para atender pedidos referentes a acidentes ocorridos até 14 de novembro de 2023. Com os recursos no final, o governo atual afirma que surgiu a necessidade de retomar o pagamento do seguro obrigatório, sob o entendimento de que se trata de um “seguro solidário” para quem se acidenta e não tem seguro contratado.

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