Poupança registra saldo positivo de R$ 8,2 bilhões em maio

Os rendimentos creditados nas contas de poupança somaram R$ 5,2 bilhões, elevando o saldo total para R$ 993,3 bilhões

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O saldo da caderneta de poupança subiu pela segunda vez no ano, registrando mais depósitos do que saques no mês de maio. As entradas superaram as saídas em R$ 8,2 bilhões, de acordo com relatório divulgado nesta sexta-feira (7) pelo Banco Central (BC).

No mês passado, foram aplicados R$ 362,5 bilhões na poupança, contra saques de R$ 354,3 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas de poupança somaram R$ 5,2 bilhões, elevando o saldo total para R$ 993,3 bilhões.

Este resultado positivo contrasta com o saldo de abril de 2024, quando houve uma saída líquida de R$ 1,1 bilhão, assim como em janeiro (R$ 20,1 bilhões) e fevereiro (R$ 3,8 bilhões). Em março, o resultado foi positivo, com R$ 1,3 bilhão a mais em depósitos.

O desempenho de maio também difere significativamente de maio de 2023, quando os brasileiros sacaram R$ 11,7 bilhões a mais do que depositaram na poupança.

A caderneta de poupança registrou uma saída líquida de R$ 87,8 bilhões em 2023, um resultado melhor do que o de 2022, quando a fuga líquida foi recorde, atingindo R$ 103,24 bilhões, em um cenário de alta inflação e endividamento.

A manutenção da taxa Selic elevada tem incentivado os investidores a buscar aplicações com melhor desempenho. Entre março de 2021 e agosto de 2022, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a Selic 12 vezes consecutivas, em resposta à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis.

De agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa Selic foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC começou a reduzir a Selic, que hoje está em 10,5% ao ano. No entanto, as expectativas de inflação acima da meta e um cenário macroeconômico desafiador levaram a autoridade monetária a desacelerar a redução dos juros.

Em 2021, a retirada líquida da poupança chegou a R$ 35,49 bilhões. Em 2020, a caderneta registrou uma captação líquida recorde de R$ 166,31 bilhões, impulsionada pela instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia de covid-19 e pelo pagamento do auxílio emergencial, depositado em contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal.

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