Servidores da UFU em greve trancam portarias do campus Santa Mônica

Protesto de servidores exige recomposição salarial e aumento do orçamento das universidades públicas federais

Imagem: Reprodução Redes Sociais

Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em greve desde março deste ano, realizaram um ato de protesto na manhã desta terça-feira (11), bloqueando as portarias de acesso ao campus Santa Mônica. O movimento reivindica a recomposição salarial da categoria e o aumento do orçamento das universidades públicas federais.

Segundo representantes do movimento, a categoria não teve reajustes entre 2015 e 2023. O aumento salarial de 9% concedido pelo Governo Federal no último ano não cobre as perdas salariais, que podem chegar a 34%. Os grevistas consideram que as propostas apresentadas até o momento não são satisfatórias.

Os comandos locais de greve afirmaram que os membros da gestão superior da UFU manifestaram preocupação com o orçamento das instituições federais de ensino. De acordo com eles, os valores destinados não cobrem os custos projetados anualmente pelas instituições, gerando preocupação quanto ao funcionamento no segundo semestre deste ano.

Presença do Ministro

O protesto ocorre no mesmo dia em que o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Silvio Almeida, estará no campus Santa Mônica para uma palestra sobre racismo estrutural. O movimento afirmou que vai solicitar uma conversa com o ministro para apresentar as reivindicações da categoria e pedir que ele as encaminhe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Um cartaz foi colocado na entrada do campus Santa Mônica com a mensagem: “Bem-Vindo, Ministro Silvio Almeida! Ajude-nos na negociação com o Lula!”.

Os grevistas destacaram que apoiam as pautas do MDHC, incluindo políticas de igualdade racial, ações em favor de crianças e adolescentes, defesa dos povos indígenas, da comunidade LGBTQIA+ e das pessoas em situação de rua.

A greve e os protestos refletem a insatisfação dos servidores com a falta de reajustes salariais e a necessidade de um orçamento adequado para garantir o funcionamento das universidades públicas federais.

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