A prefeitura de Uberlândia está caminhando para aproveitar o lodo de esgoto gerado na cidade como matéria-prima para a geração de energia. Este subproduto, gerado no processo de tratamento de esgoto, causa impactos ambientais significativos quando descartado diretamente na natureza. Atualmente, em Uberlândia, este material é encaminhado para aterros sanitários, resultando em 1,7 mil toneladas de lodo mensalmente.
Com o objetivo de transformar essa realidade, a gestão municipal contratou um estudo técnico da Companhia de Promoção Agrícola (Campo). A intenção é implementar a primeira planta industrial do Brasil para a produção em larga escala de energia e fertilizante a partir do lodo de esgoto.
O estudo técnico, que será realizado ao longo de oito meses, avaliará e definirá o melhor modelo de implementação de uma planta industrial na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Uberabinha. Entre as possibilidades de aplicação do lodo, Uberlândia está focada em transformá-lo em gás combustível e biocarvão. Como combustível, o gás gerado forneceria energia suficiente para manter a própria planta de processamento. Já como biocarvão, poderia potencializar o efeito remineralizador do solo do pó de basalto na agricultura, formando um fertilizante organomineral.
“O tratamento de esgoto gera um subproduto que, processado de forma adequada, pode se tornar uma riqueza para a nossa cidade, com potencial para ser fertilizante do solo e fonte de energia”, destacou o prefeito Odelmo Leão. “O que estamos fazendo aqui é dar mais um passo importante no sentido da ciência, da tecnologia e, sobretudo, em prol do desenvolvimento, da qualidade de vida e da geração de renda para nossa cidade”, concluiu.
A iniciativa busca não só resolver um problema ambiental significativo, mas também transformar o lodo de esgoto em uma fonte sustentável de energia e fertilizante, contribuindo para o desenvolvimento econômico e a qualidade de vida em Uberlândia.