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Minas Gerais encerra emergência em saúde pública após maior epidemia de dengue da história

Durante o período de emergência, 267 municípios mineiros decretaram situação de emergência, facilitando compras e contratações necessárias para o combate às doenças.

Tainá Camila
Imagem: Ilustração

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O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, anunciou nesta terça-feira (2) o fim da emergência em saúde pública no estado devido às arboviroses, especialmente a dengue. “Foi a maior epidemia da história”, afirmou Baccheretti.

O Decreto NE Nº 64, de 26 de janeiro de 2024, que estabelecia a emergência por 180 dias, foi antecipadamente revogado devido à queda contínua de notificações de casos de dengue, zika e chikungunya nas últimas semanas. A revogação foi publicada no Diário Oficial do Estado na segunda-feira (1).

Durante o período de emergência, 267 municípios mineiros decretaram situação de emergência, facilitando compras e contratações necessárias para o combate às doenças.

Desde novembro de 2023, Minas Gerais enfrentou a maior epidemia de dengue de sua história, com 1.655.644 casos prováveis notificados até 1º de julho, dos quais 970.216 foram confirmados. A epidemia resultou em 764 mortes confirmadas, com outras 732 ainda em investigação. O pico de casos ocorreu entre 25 de fevereiro e 2 de março, com 134.076 registros na 9ª semana epidemiológica.

O secretário ressaltou que, apesar do alto número de casos, a taxa de letalidade em Minas Gerais foi a menor entre os estados com maior incidência, resultado de investimentos em prevenção e capacitação de profissionais desde 2019. “Conseguimos ter menos pessoas evoluindo para óbito”, disse Baccheretti.

A chikungunya teve 143.995 casos prováveis notificados, com 109.953 confirmações e 83 mortes. O pico de notificações ocorreu entre 18 e 24 de maio, com 12.198 casos. Desde a 14ª semana epidemiológica, os números têm diminuído.

Para a zika, foram notificadas 275 ocorrências, com 38 confirmações. No entanto, não há registros de casos confirmados por método direto (RT-PCR) desde 2018.

Baccheretti destacou a importância da continuidade dos investimentos em prevenção e vacinação, especialmente devido à circulação do sorotipo 3 da dengue, que preocupa para o próximo período sazonal.

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