O ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal nesta quinta-feira (4) no inquérito que investiga a apropriação indevida de joias milionárias recebidas como presentes durante seu mandato.
Bolsonaro é acusado de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Bolsonaro nega qualquer irregularidade, e seu advogado, Paulo Cunha Bueno, afirmou que não se manifestará até ter acesso ao documento da PF.
Além de Bolsonaro, outras 11 pessoas foram indiciadas, incluindo ex-assessores e ex-ministros, por crimes como peculato, associação criminosa, lavagem de dinheiro e advocacia administrativa.
Entre os indiciados estão Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia, e Julio Cesar Vieira Gomes, ex-chefe da Receita Federal.
A conclusão do inquérito será enviada ao ministro do STF Alexandre de Moraes, que encaminhará o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR) para avaliação.
A PGR decidirá se as provas são suficientes para denunciar Bolsonaro e os demais indiciados ou se novas investigações são necessárias.
As joias em questão, incluindo um relógio Rolex de ouro branco e outros itens, foram recebidas durante uma viagem oficial à Arábia Saudita em 2019 e começaram a ser negociadas nos EUA em 2022.