O governo de Minas Gerais está estudando uma proposta para alterar a estrutura da Polícia Militar e das forças de segurança. A proposta envolve a criação de um “concurso temporário” para militares, semelhante ao modelo já existente no Exército Brasileiro, com duração determinada e menor impacto na Previdência dos servidores militares.
A ideia está sendo discutida internamente com coronéis da Polícia Militar, mas ainda não tem data para ser apresentada e precisará ser aprovada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Segundo o governador Romeu Zema (Novo), o concurso temporário não substituiria o concurso atual, que forma militares para seguir carreira na corporação. “Seria uma limitação no tempo de serviço. Ele entraria com data para o término do contrato de trabalho, que poderia ser de oito ou dez anos”, afirmou o governador durante um café da manhã com jornalistas.
Zema explicou que um militar que passasse no concurso temporário e trabalhasse como cabo ou soldado por um período poderia se qualificar para atuar na iniciativa privada após o término do contrato, “como segurança privado ou dono de uma empresa de segurança privada”.
Além disso, o governador mencionou que o primeiro passo para essas mudanças seria a contratação de civis para atividades administrativas dentro da Polícia Militar, liberando os militares para operações de campo. Um modelo semelhante já é aplicado no Corpo de Bombeiros, onde 200 servidores foram nomeados para funções administrativas.
Zema afirmou que a proposta está sendo discutida com militares de alta patente, incluindo o comandante-geral da Polícia Militar, Rodrigo Piassi, que apoia alguma forma de reforma. O governador destacou que, com o passar do tempo, as contas da Previdência militar tornam-se insustentáveis sem mudanças estruturais.