Mutirão do Júri termina com 58 julgamentos em Uberlândia

O Mutirão do Júri realizado na Comarca de Uberlândia, entre os dias 8 e 26 de julho, foi fundamental para a resolução de processos de crimes dolosos contra a vida envolvendo réus em liberdade. As ações penais das 1ª, 2ª e 3ª Varas Criminais, além da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, foram julgadas com sucesso graças à cooperação entre o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) e a seccional mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MG).

A juíza auxiliar da Presidência do TJMG e coordenadora dos trabalhos, Marcela Maria Amaral Pereira Novais, destacou a complexidade e a importância dos júris populares, ressaltando que, das 60 sessões designadas, apenas duas foram canceladas antes do início. O índice de 97% de atendimento do previsto reflete o sucesso do mutirão, que resultou em 27 condenações, 23 absolvições e 7 desclassificações, com um caso nulo por nulidade processual com recurso em plenário. Duas sessões adicionais foram reprogramadas a pedido das defesas.

A diretora do foro da Comarca de Uberlândia, Maria Elisa Taglialegna, elogiou a qualidade do trabalho, que incluiu uma triagem criteriosa dos casos e uma cooperação eficiente entre todos os envolvidos. O juiz titular da 3ª Vara Criminal de Uberlândia, André Ricardo Botasso, destacou que o mutirão teve como objetivo prioritário a finalização de processos criminais do Tribunal do Júri, alinhando-se às Metas 2 e 8 do CNJ.

O juiz cooperador Roberto Bertoldo Garcia, da 2ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude de Tupaciguara, enfatizou a gratificação pessoal em participar de um esforço coletivo que proporcionou respostas efetivas à sociedade, especialmente às vítimas e familiares que aguardam há muito tempo por justiça. A mobilização para julgar esses casos antigos demonstra o compromisso do Judiciário em agilizar a resolução de processos de grande repercussão social, promovendo a efetividade da justiça e fortalecendo a participação cívica dos jurados.