O não uso do cinto de segurança continua a ser um fator crítico nas mortes ocorridas nas rodovias brasileiras, mesmo 27 anos após a obrigatoriedade do dispositivo para todos os ocupantes de veículos.
Nas BRs 364, 365 e 050, administradas pelas concessionárias Eco050 e Ecovias do Cerrado, seis em cada dez vítimas fatais de acidentes registrados no primeiro semestre de 2024 não utilizavam o cinto de segurança.
Os dados revelam uma preocupante falta de conscientização entre os motoristas e passageiros.
De janeiro a junho deste ano, a Eco050 registrou 13 acidentes fatais na BR-050, que liga Delta-MG a Cristalina-GO, resultando em 14 mortes. Dentre as vítimas, 57% não usavam o cinto de segurança.
No mesmo período, a Ecovias do Cerrado contabilizou sete acidentes fatais nas BRs 365 e 364, que conectam Uberlândia-MG a Jataí-GO, com um total de nove óbitos. Desses, 77% das vítimas não estavam usando o cinto no momento do acidente.
Bruno Araújo Silva, Gerente de Operações das concessionárias, destaca que o cinto de segurança não apenas diminui a chance de morte, mas também reduz significativamente o risco de lesões graves. “Em algumas ocorrências, uma vítima foi ejetada do veículo e morreu por não estar usando o cinto, enquanto outros ocupantes, que estavam com o dispositivo, sofreram apenas lesões leves”.
A Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) também reforça a importância do cinto, afirmando que ele reduz em 60% a chance de morte ou lesões graves para os ocupantes dos bancos dianteiros, e em 44% para os passageiros do banco traseiro.
Com o objetivo de conscientizar os motoristas e passageiros, as concessionárias Eco050 e Ecovias do Cerrado lançaram a campanha “Não vire estatística – use o cinto de segurança”.
A campanha inclui a instalação de peças publicitárias em painéis ao longo da BR-050, em praças de pedágio e áreas urbanas, além de publicações nas redes sociais para ampliar o alcance da mensagem.
“Deixar de usar o cinto de segurança é mais do que uma infração; é um ato que pode resultar em consequências trágicas. A conscientização e o uso regular do cinto são essenciais para salvar vidas”, conclui Bruno.