Triângulo Mineiro é a segunda região de Minas com mais casos de mpox confirmados; veja os números

97,58% dos casos confirmados são em homens e a doença atinge principalmente as pessoas de raça branca

Imagem: Ilustração/iStock

O Triângulo Mineiro é a segunda região com mais casos confirmados da mpox, segundo o painel de monitoramento da mpox, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Ao todo já são 73 casos da doença confirmados até esta terça-feira (27).

O que é a mpox

A mpox, anteriormente chamada de varíola dos macacos, é uma doença viral rara que afeta humanos e primatas. Ela é causada pelo vírus da varíola símia e foi identificada pela primeira vez em 1958 em macacos de laboratório. A doença é endêmica em regiões da África Central e Ocidental, mas surtos têm sido registrados em outras partes do mundo.

A transmissão ocorre principalmente por contato direto com lesões na pele, fluidos corporais ou materiais contaminados, como roupas de cama. Os sintomas incluem febre, dores no corpo, inchaço dos linfonodos e uma erupção cutânea característica. A doença tem uma taxa de mortalidade menor que a da varíola humana, mas ainda assim requer atenção médica.

Desde 2022, a mpox tem ganhado destaque internacional devido ao aumento de casos fora das regiões endêmicas. Isso tem levado a esforços globais para monitorar e controlar a disseminação do vírus, com foco na prevenção e no tratamento adequado dos infectados.

Dados da mpox em Minas Gerais

Minas Gerais registrou, até ontem, 4.043 notificações da doença sendo que 699 casos já foram confirmados. 153 casos seguem em investigação e já foram confirmados quatro óbitos da doença.

97,58% dos casos confirmados são em homens, totalizando 688 casos. Já as mulheres representam apenas 2,41% dos casos confirmados, totalizando 17 casos. O painel também aponta que a maior incidência dos casos é em pessoas de 20 a 49 anos, e que atinge principalmente as pessoas de raça branca, sendo 38,16% do total de casos confirmados.

A cidade de Uberlândia já registrou 62 casos confirmados da doença, Uberaba tem oito casos confirmados e Ituiutaba ainda não confirmou nenhum caso da doença

Vacinação

De acordo com o Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), do Ministério da Saúde, até 15/8/2024, Minas Gerais recebeu o total de 4.192 doses da vacina contra a mpox, das quais 2.719 foram aplicadas, sendo 1587 na primeira dose e 1.132 na segunda dose.

Não há meta de cobertura vacinal para este imunizante.

Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), apenas pessoas que estão em risco (como alguém que teve contato próximo com um paciente) ou que integram algum grupo de alto risco para exposição ao vírus devem ser consideradas para a vacinação. A vacina contra a mpox é recomendada para adultos, incluindo gestantes, lactantes e pessoas com HIV.

Vigilância

O Ministério da Saúde (MS), por meio da Nota Técnica Nº 29/2024-.DATHI/SVSA/MS, recomendou a intensificação da vigilância de casos de mpox, frente a nova variante do clado I circulando na Região da África.

Embora a nova variante atualmente esteja restrita ao território africano, é fundamental manter as ações de prevenção e vigilância e conscientizar os profissionais de saúde para aprimorar a identificação oportuna de novos casos. Dessa forma, será possível interromper a cadeia de transmissão por meio de orientação adequada após a suspeita de mpox.

Seguindo as orientações do órgão federal, a SES-MG, por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs Minas) e das Unidades Regionais de Saúde está atuando em conjunto com os municípios para:

  • Sensibilizar as redes de vigilância e atenção à saúde organizadas sobre a situação epidemiológica;
  • Notificar oportunamente, investigar e monitorar casos suspeitos de mpox conforme a definição de caso estabelecida, no devido sistema de informação orientado pelo Ministério da Saúde;
  • Realizar avaliação de risco e análise do perfil epidemiológico de mpox para pautar a gestão na elaboração de documentos norteadores e tomadas de decisão;
  • Apoiar o funcionamento adequado e a oportuna organização da rede de atenção para atendimento aos casos de mpox.
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