Um líder religioso de 43 anos foi preso nesta quinta-feira (29) em Frutal, no Triângulo Mineiro, acusado de abusar sexualmente de mulheres, adolescentes e crianças. O líder religioso é suspeito de ter cometido pelo menos seis estupros, mas o número de vítimas pode ser maior.
De acordo com a Polícia Civil, ele criou um grupo secreto em que os membros pagavam para participar e eram orientados a manter sigilo absoluto sobre os rituais que ocorriam.
Os abusos sexuais aconteciam durante rituais em um espaço conhecido como “quarto do sigilo”. Somente o líder religioso tinha acesso a esse local, onde utilizava imagens intimidadoras para coagir as vítimas. As mulheres eram forçadas a entrar em um alçapão, onde ocorriam os abusos.
A prisão ocorreu durante a operação “Voto de Silêncio”, conduzida pela Polícia Civil de Frutal, que está investigando casos de abuso sexual relacionados ao suspeito. Durante a operação, a polícia cumpriu três mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de uma arma de fogo e documentos que, segundo as investigações, comprovam as atividades criminosas do suspeito.
Os membros que desejavam sair do grupo eram ameaçados com “trabalhos espirituais”, que supostamente seriam realizados para causar-lhes mal. As investigações continuam para identificar outras possíveis vítimas.
