Nesta quarta-feira (11), a ex-vereadora Pâmela Volp, de 56 anos, será submetida a julgamento pelo Tribunal do Júri em Uberlândia, acusada de homicídio qualificado.
A sessão está prevista para as 13h, no Fórum da cidade. Além de Volp, outros cinco réus responderão pelo crime de tentativa de homicídio qualificado, por motivo fútil e por recurso que dificultou a defesa da vítima, ocorrido dentro da Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga.
A denúncia faz parte de um conjunto de dez acusações apresentadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), durante a Operação Libertas, que investigou a atuação de uma organização criminosa dentro da penitenciária.
Pâmela Volp já foi condenada, em primeira instância, a 30 anos de prisão por crimes relacionados a essa operação.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Volp teria ordenado, em fevereiro de 2022, que um grupo de detentos espancasse um colega de cela.
A vítima foi brutalmente atacada com socos, chutes e pisões na cabeça, enquanto dormia sob efeito de medicamentos.
Os agressores também pularam sobre seu corpo, causando fraturas e uma perfuração no pulmão. O Gaeco afirma que a vítima sobreviveu apenas porque foi socorrida a tempo.
Motivado por um suposto furto de cigarros, o ataque teria sido encomendado por Pâmela Volp, que, segundo a denúncia, mantinha um relacionamento com a vítima e exercia influência na ala LGBTQIA+ da penitenciária.
Essa agressão seria uma retaliação pessoal, o que reforça a acusação de motivo fútil.