Mulher é presa em Patos de Minas após acusação de injúria racial contra técnica em enfermagem

Segundo um dos profissionais, quando advertida por ter usado o termo racista, a mulher respondeu: "Ela por acaso é branquinha?", demonstrando desdém pela gravidade da situação.

Imagem: Internet

Uma mulher de 39 anos foi detida em Patos de Minas sob a acusação de injúria racial contra uma técnica em enfermagem de 37 anos.

O caso aconteceu na Santa Casa de Misericórdia na noite de terça-feira (10). A paciente, inicialmente negando as acusações, admitiu as ofensas quando foi informada de que seria encaminhada à delegacia.

A confusão teve início quando a paciente, visivelmente agitada, deu entrada no hospital. De acordo com o relato da vítima à Polícia Militar, a mulher, impaciente com o tempo de espera, começou a gritar na recepção.

Após ser levada para uma sala de observação, a situação escalou quando a técnica em enfermagem, ao explicar que o atendimento demoraria devido à demanda, foi confrontada pela mulher com a frase: “Você deveria me tratar melhor, pois sou eu que pago seu salário”.

Segundo o boletim de ocorrência, a profissional tentou manter a calma, mas foi surpreendida com insultos racistas. A mulher teria chamado a técnica de “macaca”, o que deu início a uma discussão.

O conflito não parou por aí. A paciente teria ameaçado fisicamente a funcionária, afirmando: “Eu vou pegar você”, mas foi contida por um enfermeiro que estava presente.

A vítima, abalada, acionou a segurança do hospital, e a polícia foi chamada. Ao chegarem, os militares constataram o relato e ouviram outras testemunhas, que confirmaram as agressões verbais e o comportamento agressivo da paciente.

Segundo um dos profissionais, quando advertida por ter usado o termo racista, a mulher respondeu: “Ela por acaso é branquinha?”, demonstrando desdém pela gravidade da situação.

Em meio à confusão, a mulher fez uma ligação para a mãe e, durante a conversa, reforçou os insultos. “Vou chamá-la de ‘macaca’ mesmo. Melhor eu ser presa, senão volto aqui e mato ela”, teria dito em voz alta, segundo os policiais.

Após ser orientada a encerrar a ligação, a paciente se recusou a entregar o celular, resultando em um novo confronto com os policiais.

O marido da acusada, que a acompanhava, informou à polícia que sua esposa tem transtorno bipolar e depressão, e faz uso de medicamentos controlados.

Ele também revelou que a mulher tinha apresentado um surto psicótico em casa, o que levou à sua ida ao hospital. O marido ainda alegou que o comportamento da técnica em enfermagem teria contribuído para o agravamento da situação.

Na delegacia, a mulher continuou a questionar a atuação dos policiais, acusando-os de “fazer hora” com ela e de estarem “querendo aparecer”. Além da acusação de injúria racial, ela poderá responder pelos crimes de ameaça e desacato.

O caso agora segue sob investigação, e a paciente poderá ser responsabilizada judicialmente pelas suas ações.

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