Nos últimos dias, a zona rural do município de Gurinhatã, localizado no Triângulo Mineiro, Minas Gerais, foi palco de um incêndio de grandes proporções. Enquanto as chamas se espalhavam pelas serras e propriedades, a prefeitura mobilizou maquinários e contratou até mesmo aviões para conter o fogo, o que causou críticas pela demora na resposta. Parte da comunidade, especialmente moradores da área conhecida como “Temeroso”, manifestou indignação com a atuação tardia do poder público.
O caso, no entanto, ganhou novos contornos após a divulgação de um áudio nas redes sociais. Nele, supostamente, o prefeito de Gurinhatã Wender Luciano (PSD) conversa com um homem identificado como Geraldo, quando afirma, em tom exaltado, que “caso pegue fogo de novo, não contem com minha ajuda”. A fala foi interpretada por muitos como autoritária, especialmente quando o prefeito menciona a possibilidade de mandar retirar ”sua pá carregadeira”, sugerindo agir como se fosse dono do maquinário público.
Ouça:
A postura do gestor municipal gerou revolta na cidade, que já vem sendo marcada por episódios de suposta perseguição política. Um dos exemplos mais emblemáticos foi a construção de um muro em uma praça, supostamente para obstruir a vista do restaurante de um opositor político.
Casos de perseguição política, têm ocorrido em diversas regiões do Brasil, levantando debates sobre os limites do poder público e a importância da transparência nas gestões municipais.
O incêndio está parcialmente controlado, mas o clima de tensão política na cidade permanece, com moradores divididos entre críticas e apoio ao atual prefeito, cujo mandato se aproxima do fim.
Nossa equipe solicitou uma nota a prefeitura de Gurinhatã, porém ainda não obteve resposta.
O Regionalzão seguirá acompanhando os supostos casos de perseguição política em Gurinhatã.
PREFEITO PERSEGUIDOR