Governo brasileiro inicia repatriação de brasileiros no Líbano

O Líbano abriga a maior comunidade brasileira no Oriente Médio, com cerca de 21 mil cidadãos. Recentemente, dois adolescentes brasileiros morreram em bombardeios israelenses na região.

Por decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo federal anunciou, nesta quarta-feira (2), o envio do primeiro voo para repatriar brasileiros que se encontram em áreas de conflito no Líbano. A missão será realizada pela Força Aérea Brasileira (FAB), que disponibilizou uma aeronave KC-30 para o resgate.

O avião deve partir da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, com destino a Beirute, no Líbano, fazendo uma escala programada em Lisboa, Portugal. O horário exato de decolagem ainda será confirmado.

A tripulação contará não apenas com os profissionais operacionais, mas também com uma equipe de saúde composta por médico, enfermeiro e psicólogo, que estará preparada para prestar assistência durante o voo.

Durante entrevista coletiva no México, onde participa da posse da presidenta Claudia Sheinbaum, Lula enfatizou a importância da ação: “Nós vamos fazer isso em todos os lugares que forem necessários”, afirmou o presidente.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, informou que a embaixada brasileira no Líbano tem mantido contato constante com a comunidade local. “Já temos uma lista preparada. Neste primeiro voo, a aeronave poderá transportar cerca de 230 a 240 pessoas, que é sua capacidade máxima.

No entanto, outros voos serão realizados conforme a demanda”, explicou o ministro. O retorno da aeronave ao Brasil dependerá de coordenações e protocolos adicionais.

O Líbano abriga a maior comunidade brasileira no Oriente Médio, com cerca de 21 mil cidadãos. Recentemente, dois adolescentes brasileiros morreram em bombardeios israelenses na região.

A aeronave KC-30, designada para a missão, tem capacidade para aproximadamente 240 passageiros e autonomia de voo de até 14.500 quilômetros. O modelo já foi utilizado em missões humanitárias de resgate de brasileiros em Israel e na Faixa de Gaza desde o início dos conflitos no Oriente Médio, em outubro de 2023.

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