Nesta terça-feira, 1º de outubro, o Ministério da Fazenda divulgou uma lista com as empresas de apostas esportivas que solicitaram autorização para operar legalmente no Brasil.
Ao todo, 192 marcas de 89 empresas foram incluídas na lista oficial, permitindo que atuem dentro das normas estabelecidas pelo governo.
Entre as ausências notáveis está a plataforma Vai de Bet, que não foi autorizada a operar no país e, por isso, está proibida de oferecer seus serviços de apostas.
A empresa é alvo de uma investigação da Polícia Civil de Pernambuco, suspeita de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro proveniente de jogos ilegais.
Ao ser questionada sobre a situação, a Vai de Bet informou que ainda não possui uma posição oficial sobre sua exclusão da lista e que está buscando esclarecimentos junto à Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda.
A empresa afirma ter cumprido todas as exigências da portaria.
A investigação revelou que o cantor Gusttavo Lima adquiriu uma participação de 25% na Vai de Bet em julho deste ano.
O sertanejo foi indiciado pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa, e chegou a ter um mandado de prisão preventiva expedido contra ele, que foi revogado no dia seguinte.
Em uma transmissão ao vivo realizada em suas redes sociais na última segunda-feira, 30 de setembro, Gusttavo Lima comentou sobre sua relação com a casa de apostas.
Segundo o cantor, ele não é sócio da empresa, mas atua como garoto-propaganda, tendo firmado um contrato de prestação de serviços. “Não sou sócio da Vai de Bet, sou apenas garoto-propaganda. Tenho um contrato de prestação de serviço com a empresa”, declarou.
O cantor esclareceu que o contrato prevê que ele receberia 25% do valor caso a marca fosse vendida futuramente, sendo essa a forma de remuneração acordada pelo trabalho de divulgação. “Foi acertado que eu receberia 25% de uma possível venda da marca. Não sou dono da empresa e não tenho poder de decisão”, reforçou o artista.
Gusttavo Lima se manifesta
A assessoria do cantor Gusttavo Lima procurou a reportagem do Regionalzão para se manifestar oficialmente a respeito das recentes controvérsias envolvendo a Vai de Bet.
Em nota, a assessoria jurídica esclareceu que o artista não é sócio da empresa e destacou que a relação comercial entre a GSA, responsável pelo uso da imagem do cantor, e a Vai de Bet teve início em 2022 por meio de um contrato de uso de imagem para fins publicitários.
A nota enfatizou que, no momento da negociação, a Vai de Bet garantiu sua idoneidade, firmando o acordo com cláusula anticorrupção. Contudo, a GSA decidiu suspender o contrato devido às investigações em curso e aguarda os desdobramentos da situação.