Juiz decreta sigilo no caso da “Stalker de MG” após audiência tumultuada

O caso da “Stalker de MG” ganhou um novo desdobramento após a audiência de instrução e julgamento realizada no dia 10 de setembro, no Fórum de Ituiutaba. O juiz responsável pelo processo decidiu decretar sigilo, mantendo em segredo as informações do caso que envolve uma jovem artista plástica presa em Uberlândia desde maio deste ano.

De acordo com informações apuradas pelo Regionalzão, o ato judicial contou com momentos tumultuados, incluindo o desmaio da avó da acusada, que estava presente no fórum, ao ouvir o pedido de prisão feito pelo Ministério Público. A neta, que participou da audiência por videoconferência, também desmaiou ao temer que sua avó fosse presa. Apesar do pedido de prisão, o juiz decidiu manter a idosa em liberdade, mas manteve a “Stalker de MG” presa.

Durante a audiência, a defesa da artista plástica tentou desqualificar as provas apresentadas pela Polícia Civil, alegando que os vídeos utilizados como evidências dos crimes de perseguição e roubo seriam montagens. A jovem foi presa no dia 8 de maio de 2024, acusada de roubar o celular da esposa de um médico que seria uma de suas vítimas de stalking. A avó da jovem também é ré no processo, acusada de roubo com violência e grave ameaça.

Em uma carta escrita à mão e encaminhada à Justiça, a acusada relatou que, antes da prisão, levava uma vida normal, era dedicada aos estudos, participava ativamente das atividades universitárias, tirava boas notas e tinha planos para desenvolver um projeto de iniciação científica. No entanto, desde que foi presa, a jovem afirmou que sua saúde se deteriorou gravemente. Um relatório médico anexado ao processo revela que ela está sofrendo de desnutrição severa e com um índice de massa corpórea (IMC) extremamente baixo, o que pode ocasionar comorbidades. Além disso, a jovem teria sido agredida por outras detentas na prisão.

Com o sigilo decretado, novos detalhes sobre o caso devem ser divulgados apenas após a sentença final.

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