O sonho de ver o Atlético classificado para a final da Copa Libertadores em Buenos Aires virou um pesadelo para muitos torcedores, especialmente para Diego Rodrigues de Resende, engenheiro civil de Uberlândia.
Assim como outros três mil torcedores mineiros que viajaram para a Argentina, ele agora enfrenta dificuldades para retornar ao Brasil devido à greve de transportes que paralisou o país.
Diego relatou ao jornal No Ataque, que foi informado apenas um dia antes do cancelamento do seu voo pela companhia Gol, mesmo com a greve tendo sido anunciada semanas antes.
“Fui avisado com apenas 24 horas de antecedência, e no dia anterior, haviam confirmado meu voo. Todos tentam remarcar, mas os voos estão lotados”, explica o torcedor.
Além disso, ele conta que precisará arcar com hospedagem em Buenos Aires até sábado, enquanto tenta resolver a situação. “Felizmente, o Atlético se classificou; caso contrário, estaria ainda mais contrariado”, desabafou.
A greve geral afetou o transporte em todo o país, paralisando caminhões, aviões, trens, ônibus intermunicipais e até embarcações que ligam Argentina e Uruguai, o que também inviabilizou opções alternativas para retorno.
Os sindicatos argentinos realizaram a manifestação contra ajustes fiscais promovidos pelo governo, mas a situação causou um transtorno inesperado para os brasileiros.
Outros torcedores, como o empresário Carlos Vinícius Silva Carneiro, lamentam a falta de informações e suporte por parte das companhias aéreas. Ele tinha um voo marcado para as 22h55, mas só foi comunicado do cancelamento pela Latam na manhã da viagem.
“Cheguei ao aeroporto e ninguém explicou nada. O próximo voo disponível é só no domingo, quatro dias depois. Estão pouco se importando se tenho onde dormir ou o que comer”, comentou o empresário, também buscando uma alternativa para retornar.
A frustração entre os torcedores é evidente. Eles viajaram para celebrar um momento histórico do time, mas agora se sentem abandonados pelas companhias aéreas que, mesmo cientes da greve, venderam passagens normalmente e não deram assistência adequada.