Entre setembro e outubro, o Procon-MG realizou uma operação de fiscalização em Conceição das Alagoas, no Triângulo Mineiro, que resultou na apreensão de 2,3 toneladas de alimentos impróprios para consumo e na interdição total de quatro estabelecimentos.
Durante a ação, os agentes do Procon-MG fiscalizaram uma mercearia de propriedade de um vereador que foi alvo de denúncias. No local, foram encontrados produtos com prazos de validade vencidos e sem as informações de rotulagem obrigatórias.
Além disso, havia produtos de origem animal sem o registro e o selo de inspeção exigidos por lei, indicando irregularidades graves.
Os fiscais também relataram que, na área de produção da mercearia, animais domésticos circulavam livremente, e a lavagem para alimentação de suínos era preparada próxima aos queijos.
Esses queijos, por sua vez, estavam embalados em recipientes reaproveitados de fertilizantes, prática considerada inadequada e perigosa para a saúde dos consumidores.
Nos fundos do estabelecimento, uma área de manipulação de alimentos de origem animal, como queijos e linguiças, estava operando sem qualquer licença ou autorização.
O local apresentava condições precárias e insalubres, com produtos em decomposição e armazenamento inadequado.
O vereador, proprietário da mercearia, foi preso em flagrante sob acusação de produzir e vender alimentos fora das normas de segurança e qualidade.
Após prestar depoimento na delegacia de Uberaba, ele foi liberado, mas responderá por crime contra as relações de consumo e por vender mercadorias falsificadas ou deterioradas como verdadeiras.
A prisão em flagrante foi ratificada pelo delegado, e foram impostas medidas cautelares para manter a proibição de venda de produtos de origem animal e laticínios na mercearia do vereador.
O Ministério Público de Minas Gerais reforçou que a operação visa proteger a saúde pública e garantir a segurança dos consumidores, coibindo práticas que possam colocá-los em risco.