A Polícia Civil de Cuiabá revelou, nesta sexta-feira (1º), a verdadeira identidade do homem assassinado dentro de um restaurante na região do Porto, em Cuiabá: Ilton Cézar de Jesus, de 47 anos.
A vítima, no entanto, carregava múltiplas identidades e, até então, era conhecida como Ireno Pedroso, nome registrado nos documentos encontrados no local do crime e confirmado pela própria família no momento do reconhecimento.
O delegado Nilson Farias, do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), explicou que Ilton possuía ao menos três documentos diferentes, fato que a família tinha conhecimento.
A investigação aponta que a identidade “Ireno Pedroso” é válida em cartório, mas pode pertencer a outra pessoa, ainda viva ou falecida.
Histórico em Uberlândia e envolvimento com crime
A Polícia Civil descobriu que Ilton começou a utilizar identidades falsas em 2008, logo após ser preso por assaltar o estúdio do cantor Alexandre Pires, em Uberlândia, Minas Gerais.
Na ocasião, ele e seus cúmplices invadiram o estúdio do cantor, chegando a reconhecer o artista e, inusitadamente, pedir um autógrafo antes de fugir com cerca de R$ 600.
O caso trouxe repercussão em Uberlândia, onde o cantor é uma personalidade bastante conhecida.
Investigação do crime em Cuiabá
Ilton foi morto a tiros em um restaurante por volta de 11h30, e câmeras de segurança registraram o momento em que o suspeito chegou ao local de moto e entrou no estabelecimento.
Segundo o subtenente Hermes, da Polícia Militar de Cuiabá, a vítima, que trabalhava para uma empresa de transportes, foi atingida por pelo menos três disparos. A polícia está considerando diversas linhas de investigação, incluindo crime passional e envolvimento com tráfico de drogas.
Além disso, as autoridades suspeitam que a morte possa estar relacionada a dívidas de apostas online, devido ao histórico de vício da vítima nesse tipo de atividade.
A Polícia Civil continua em busca do suspeito, enquanto aprofunda as investigações para desvendar a complexa teia de falsas identidades e possíveis motivações por trás do crime.
Esse caso ressalta o histórico criminal de Ilton e sua mudança para Cuiabá, onde, sob novas identidades, ele buscava recomeçar, mas acabou morto em circunstâncias ainda sob investigação.