A campanha Novembro Azul, dedicada à conscientização e prevenção do câncer de próstata, destaca uma realidade preocupante no Brasil.
Segundo o deputado Weliton Prado (Solidariedade-MG), presidente da Comissão Especial de Combate ao Câncer da Câmara dos Deputados, ainda faltam políticas públicas adequadas para prevenir, diagnosticar e tratar a doença, que é a segunda maior causa de morte entre homens no país.
O parlamentar critica a ausência de recomendações do Sistema Único de Saúde (SUS) para o rastreamento do câncer de próstata, que envolve o exame de sangue (PSA) e o exame de toque.
De acordo com Prado, a ausência de diagnóstico precoce para esse tipo de câncer, conhecido por ser silencioso, faz com que 95% dos casos sejam descobertos apenas em estágios avançados, quando as chances de cura são drasticamente reduzidas.
Prado destaca que, se o rastreamento fosse feito de maneira adequada, o câncer de próstata poderia ter até 90% de chance de cura. Ele também menciona que, embora existam leis determinando prazos de 30 e 60 dias para a detecção e o início do tratamento de câncer, esses prazos nem sempre são cumpridos, agravando a situação dos pacientes.
O deputado ressalta ainda a dependência do SUS para 70% dos pacientes oncológicos do país, reforçando a necessidade de melhorias e investimentos no sistema público de saúde para que diagnósticos precoces sejam uma realidade acessível a todos.