A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) está investigando um possível caso de “doença da vaca louca” na cidade de Caratinga, Minas Gerais.
O paciente, um homem de 78 anos, encontra-se internado, e amostras foram enviadas para análise na Fundação Ezequiel Dias, em Belo Horizonte.
Doença da Vaca Louca
A “doença da vaca louca”, ou Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), é uma doença neurodegenerativa fatal que afeta o sistema nervoso central dos bovinos.
A doença é causada pela proteína infecciosa conhecida como príon, que pode ser transmitida ao ser humano através do consumo de carne contaminada.
Sintomas em humanos
- Enfraquecimento ou perda dos sentidos
- Dormência ou formigamento
- Depressão, ansiedade, psicose e alucinações
- Agitação, irritabilidade e insônia
- Perda de interesse e esquecimentos
A vDCJ é uma condição rara, que afeta principalmente pessoas com menos de 30 anos. Embora seja extremamente grave, não há registros de casos humanos da doença no Brasil.
DCJ esporádica
A Doença de Creutzfeldt-Jakob também possui uma forma esporádica, sem ligação com a ingestão de carne contaminada.
Essa forma, que ocorre em pessoas de 55 a 70 anos, também é neurodegenerativa e fatal, mas não é transmissível entre humanos. Sintomas:
- Desordem cerebral e perda de memória
- Tremores em um terço dos casos
- Falta de coordenação muscular
- Distúrbios de linguagem e perda visual
Nota da SES-MG
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais afirmou, em nota, que não há confirmação de “doença da vaca louca” no estado. A SES-MG acredita que o caso de Caratinga pode ser uma ocorrência esporádica de DCJ, não transmissível entre humanos.
A presença da proteína 14-3-3 no líquor é um indicador para DCJ, mas a confirmação definitiva depende de exame neuropatológico, realizado apenas em caso de óbito.
A SES-MG reforça que o caso não se relaciona à variante vDCJ, transmitida pelo consumo de carne contaminada e que geralmente afeta jovens com menos de 30 anos.
O caso segue sob monitoramento da SES-MG, com o apoio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs Minas) e da Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano.
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) informou que não há suspeitas de EEB em bovinos no estado e que o Brasil nunca registrou casos clássicos da doença.