Na tarde desta quarta-feira (13), o Tribunal do Júri de Uberlândia condenou a ex-vereadora Pâmela Volp a 9 anos e 4 meses de prisão em regime fechado pela tentativa de homicídio de um detento, que dividia cela com ela no presídio Jacy de Assis.
Pâmela, que está presa há mais de dois anos por seu envolvimento em um esquema de exploração sexual de travestis e transexuais, foi considerada culpada por ter ordenado o ataque violento contra o companheiro de cela.
Durante o julgamento, Pâmela negou a autoria do crime, mas as provas apresentadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) convenceram o júri.
Segundo a denúncia, o ataque ocorreu em 22 de fevereiro de 2022. De acordo com a acusação, a vítima teria sido brutalmente espancada por outros detentos, sob as ordens de Pâmela, após supostamente furtar cigarros dela.
O Ministério Público detalhou a sequência das agressões durante o julgamento: a vítima, que dormia sob o efeito de medicamentos, foi surpreendida por chutes, socos e pisões, desferidos por quatro detentos.
Um dos agressores teria, inclusive, subido em um beliche para pular sobre o peito da vítima, que já estava desacordada. A violência foi de tal intensidade que, segundo o MPMG, a vítima quase não sobreviveu.
Após a sentença, que foi proferida no início da noite, Pamela Volp foi escoltada por viaturas da Polícia Penal de volta à penitenciária Professor João Pimenta da Veiga.
A defesa da ex-vereadora já anunciou que recorrerá da decisão.