O sistema prisional de Minas Gerais enfrenta um problema crítico de superlotação, com 149 das 223 unidades prisionais do estado funcionando acima de sua capacidade. Isso representa uma taxa de ocupação de 66,8%.
Atualmente, o estado possui 58.644 vagas, mas, segundo dados do governo federal, há 72.568 presos nas penitenciárias mineiras, resultando em um déficit de 13.924 vagas.
Presídio de Itapagipe
Um dos exemplos mais alarmantes da superlotação é o Presídio de Itapagipe, localizado no Triângulo Mineiro.
A unidade tem capacidade para 65 detentos, mas atualmente abriga 202 presos, o que representa uma superlotação de 311%.
Esta é a maior taxa de ocupação entre as penitenciárias do estado, colocando em risco a segurança tanto dos internos quanto dos profissionais que atuam na prisão.
Superlotação
A superlotação nas penitenciárias de Minas Gerais gera diversos riscos. Além de aumentar a possibilidade de rebeliões e fugas, a sobrecarga nos presídios provoca estresse excessivo nos agentes penitenciários, resultando em adoecimentos, pedidos de afastamento e agravamento da violência.
Governo de Minas
O Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) reconhece que a superlotação é uma realidade enfrentada por todos os estados brasileiros, não sendo exclusiva de Minas Gerais.
Contudo, o órgão afirmou que está trabalhando para reduzir o déficit de vagas e melhorar as condições no sistema prisional do estado.
Para isso, o governo de Minas anunciou a construção de cinco novas unidades prisionais, que juntas irão adicionar 2.282 vagas. Essas unidades estão previstas para serem entregues nos municípios de Ubá, Itaúna, Frutal, Lavras e Poços de Caldas.
Além disso, o estado investiu R$ 74 milhões em melhorias estruturais em várias unidades prisionais.
O Depen também destacou as parcerias com prefeituras e o Poder Judiciário, que têm contribuído para as reformas e a ampliação das vagas.