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Entenda como falso corretor de imóveis aplicava golpes com imóveis invadidos em Uberlândia

O homem, preso no Bairro Brasil, foi indiciado pelos crimes de estelionato, invasão de domicílio e associação criminosa. As investigações continuam para identificar outros membros da quadrilha e rastrear os bens adquiridos com os valores obtidos nas fraudes.

Tainá Camila

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A Polícia Civil de Uberlândia prendeu, nesta quarta-feira (27), um homem de 28 anos acusado de comandar um esquema de estelionato imobiliário que causou um prejuízo de cerca de R$ 1 milhão.

O suspeito, que se passava por corretor, liderava um grupo que vendia imóveis de forma fraudulenta utilizando estratégias bem articuladas para enganar as vítimas.

Como os golpes eram aplicados

O esquema começava com anúncios atrativos nas redes sociais, que ofereciam imóveis supostamente desocupados a preços abaixo do mercado. As vítimas, muitas delas de classe média e baixa, eram convencidas a negociar diretamente com o falso corretor, que utilizava documentos falsificados e contratos fraudulentos para dar aparência de legalidade às transações.

Após invadir os imóveis, a quadrilha trocava as fechaduras e apresentava as casas ou apartamentos como se fossem propriedade legítima. As vítimas só percebiam o golpe quando tentavam registrar o imóvel em cartório e descobriam que a matrícula era inválida, ou quando vizinhos alertavam sobre a verdadeira situação do local.

A delegada Tauany Abou Rejaili explicou que o golpe se baseava na confiança das vítimas e no uso de documentos falsos bem elaborados. “Os criminosos criavam uma narrativa convincente, simulando que os imóveis estavam disponíveis para venda. As vítimas muitas vezes entregavam grandes quantias, veículos e até outros bens acreditando estarem adquirindo algo legítimo”, afirmou.

Perfis das vítimas e prejuízos

Até o momento, a polícia identificou 13 vítimas, todas entre 40 e 60 anos. Cada uma delas perdeu entre R$ 60 mil e R$ 80 mil, valores que incluíam pagamentos em dinheiro e bens usados como entrada, como veículos. Os comparsas do suspeito, que se faziam passar por proprietários dos imóveis, recebiam entre R$ 2 mil e R$ 5 mil por cada transação fraudulenta.

O homem, preso no Bairro Brasil, foi indiciado pelos crimes de estelionato, invasão de domicílio e associação criminosa. As investigações continuam para identificar outros membros da quadrilha e rastrear os bens adquiridos com os valores obtidos nas fraudes.

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