No Triângulo Mineiro e em todo o estado de Minas Gerais, o assunto do momento é a expectativa pela candidatura dos Modos de Fazer do Queijo Minas Artesanal (QMA) a Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco.
Produzido há mais de 300 anos com leite cru, coalho e o fermento natural chamado pingo, o QMA carrega a essência da tradição mineira. A decisão será anunciada nesta quarta-feira (4), às 16h30 (horário de Brasília), durante uma reunião do comitê da Unesco em Assunção, capital do Paraguai.
Uberlândia, uma das cidades contempladas com as comemorações, será palco de uma exibição de drones no dia 14 de dezembro, com imagens temáticas que iluminam o céu e celebram a importância do queijo artesanal. A cidade, reconhecida como um centro de inovação e agronegócio, integra a lista de localidades que exaltam a tradição do QMA, conectando a modernidade às raízes culturais de Minas.
Celebrações em Minas Gerais
A candidatura já mobilizou as dez principais regiões produtoras de queijo do estado, como a Serra da Canastra, o Serro e o Alto Paranaíba. Além dos shows de drones, haverá apresentações culturais, degustações públicas, e até a exposição do maior queijo do mundo, na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte.
O governo estadual investiu em uma campanha de grande alcance, incluindo a participação de 80 jornalistas, blogueiros e influenciadores que irão registrar esse marco histórico para Minas e para o Brasil. Com essa articulação, espera-se consolidar o reconhecimento do QMA como um símbolo da identidade mineira e nacional.
O impacto em Uberlândia
Uberlândia, com sua forte conexão com o agronegócio e a gastronomia mineira, se destaca como um polo estratégico na celebração do QMA. A cidade já é reconhecida por eventos que promovem a cultura local e deve atrair turistas e entusiastas para as festividades. Além disso, produtores da região veem a candidatura como uma oportunidade de expandir o mercado, agregando valor ao queijo artesanal.
Reconhecimento internacional
Caso o título seja concedido, o QMA será o primeiro alimento brasileiro a integrar a lista de bens imateriais da Unesco. Este reconhecimento reforçará a relevância cultural e econômica do queijo artesanal, que já conquistou prêmios em festivais internacionais, inclusive na França, considerada a “terra do queijo”.
O Queijo Minas Artesanal não é apenas um alimento, mas um símbolo da perseverança e criatividade dos pequenos produtores mineiros. Uberlândia e as demais regiões celebram não só um produto, mas a história e o futuro dessa tradição secular.