A morte de uma criança em um acidente na BR-365, em Santa Vitória, na última semana, trouxe à tona a preocupação da população com a segurança do sistema “Pare e Siga” em rodovias. O acidente, que envolveu uma carreta cegonha e veículos de passeio, ocorreu em um trecho sob concessão da Ecovias do Cerrado.
Moradores da região e usuários da rodovia relatam problemas recorrentes com o sistema, como falta de sinalização adequada, longas filas e tempo de espera excessivo. Nas redes sociais, é comum encontrar relatos de situações de risco e reclamações sobre a falta de clareza na sinalização, que muitas vezes se resume a um “bonequinho” no lugar de um homem-bandeira.
A Ecovias do Cerrado afirma que segue os manuais vigentes para a implementação do “Pare e Siga”, com placas informativas, redução de velocidade e homens-bandeira. A concessionária argumenta que acidentes em trechos com esse sistema são exceções, citando estatísticas de 2023 e 2024.
No entanto, a tragédia em Santa Vitória coloca em xeque a eficácia das medidas de segurança adotadas. Especialistas apontam para a necessidade de uma revisão dos protocolos, com investimentos em sinalização mais eficiente, como painéis eletrônicos e alertas luminosos, além de maior rigor na fiscalização e na capacitação dos responsáveis pela sinalização.