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‘Movimento Antitrampo’: conheça a luta de quem é contra o atual sistema de trabalho

Movimento se opõe ao atual sistema de trabalho, que é considerado pelos membros como explorador e que fornece baixa qualidade de vida aos trabalhadores

Eloi Naves
Mulher segura cartaz em protesto contra a escala 6x1Foto: Tânia Rego / Agência Brasil

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A discussão sobre a redução da jornada de trabalho entrou de vez na vida dos brasileiros. Nas últimas semanas, o assunto esteve presente em debates nas empresas, na internet, rodinhas de conversas em padarias e, invariavelmente, dividiu opiniões. Mas há um movimento com uma postura mais radical: o Antitrampo.

Organizadores do fórum R/antitrampo, no Redit, conversaram com o portal de notícias Uol para expor suas ideias. Segundo eles, no geral, o objetivo do grupo é “acabar com o regime de trabalho assalariado, substituindo-o por um sistema onde não seja possível obrigar alguém a fazer o que não quer sob ameaça de não conseguir ter suas condições de sobrevivência”.

O Fórum reúne cerca de 125 mil membros ‘Antitrampo’ e surgiu inspirado na versão em inglês, o R/antiwork, que tem quase 3 milhões de adeptos. Segundo os organizadores, o espaço serve para a discussão de melhores condições de vida, em um ambiente seguro para o trabalhados desabafar sobre as condições de trabalho às quais são submetidos.

Pelo fim da escala 6×1

O movimento ‘Antitrampo’ considera inaceitável a escala de trabalho 6×1, modelo atualmente em prática no Brasil. De acordo com os moderadores do fórum, somente 1 dia de descanso na semana é desumano e incapaz de oferecer uma plena qualidade de vida ao trabalhador.

Lutamos para a redução da carga horária e somos contra a exploração atroz que o trabalhador brasileiro é submetido. Estamos acompanhando a tramitação da PEC com muita atenção, estamos cobrando os deputados federais a representarem o interesse do trabalhador, incentivamos também manifestações nas ruas e estamos prontos para pressionar a CCJ pela aprovação da PEC contra 6×1”, avalia o moderador.

Sem ideologia política

Os organizadores do fórum afirmam que o movimento não tem ideologia política ou partidária, apesar de vários membros penderem à esquerda. “Por definição somos trabalhadores assalariados. Alguns de nós são comunistas, outros são anarquistas ou apenas críticos ao modelo neoliberal”, conclui um dos responsáveis pelo espaço.

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