A Polícia Rodoviária Federal (PRF) selecionou a cidade de Uberlândia como um dos polos para os testes de câmeras corporais realizados ao longo de 2023.
Durante os testes, a PRF utilizou câmeras instaladas tanto nos uniformes dos agentes quanto nas viaturas, captando, armazenando e analisando imagens de operações.
O objetivo foi avaliar a viabilidade e os benefícios do uso dessa tecnologia em diferentes regiões do país.
Embora a PRF tenha ampliado os testes, o uso de câmeras corporais ainda não é uma prática padronizada. Segundo a instituição, o projeto permanece em fase de avaliação.
Caso polêmico
Recentemente, a ausência desse equipamento chamou atenção em um caso polêmico ocorrido no Rio de Janeiro.
Na véspera de Natal, agentes da PRF balearem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, na BR-040, em Duque de Caxias (RJ).
A jovem sofreu uma perfuração no crânio e foi hospitalizada, trazendo novamente à tona a discussão sobre a necessidade de adotar câmeras corporais.
Diretor-geral
O diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Souza Oliveira, destacou a importância da tecnologia:
“Sou defensor veemente da utilização de câmeras corporais porque elas defendem a atividade policial”, afirmou. No entanto, ele ressaltou que avanços além de esforços legislativos são necessários para evitar tragédias semelhantes.
Ainda em 2023, a PRF realizou o primeiro teste das câmeras no Rio de Janeiro, durante a operação de segurança do G20.
Ao longo do ano, a corporação recebeu 200 câmeras doadas pelo governo dos Estados Unidos, com apoio do Ministério da Justiça.
A expectativa é que, no futuro, o uso seja ampliado para cobrir tanto os uniformes quanto as viaturas.
A discussão sobre a utilização de câmeras corporais ganhou destaque em maio, quando o governo federal lançou orientações para incentivar estados e municípios a adotarem a tecnologia.
Como as políticas de segurança são responsabilidade estadual, o Executivo federal optou por oferecer incentivos financeiros para estimular boas práticas, incluindo a obrigatoriedade de manter as câmeras ligadas durante todas as ocorrências.
Com os testes em andamento, Uberlândia desponta como um dos centros estratégicos para a modernização das práticas da PRF.
Os resultados obtidos na cidade e nas demais localidades participantes poderão ajudar na formulação de uma política nacional mais segura e eficiente para o uso de câmeras corporais em operações policiais.